O governo resolveu ontem retirar oito das vinte «medidas anti-crise» que havia criado no final do ano passado, dando assim corpo ao «plano de austeridade» (as tais «medidas adicionais») aprovado no Conselho de Ministros de 13 de Maio para baixar o défice.
• O que cai:
- O alargamento do subsídio social de desemprego por mais seis meses;
- A redução do tempo de trabalho que dá acesso ao subsidio de desemprego;
- A majoração do montante de subsídio de desemprego para casais desempregados com filhos a cargo;
- O reforço da linha de crédito para apoiar a criação de empresas por parte de desempregados;
- A redução em três pontos percentuais das contribuições das empresas que têm trabalhadores com mais de 45 anos;
- Os apoios aos trabalhadores em lay-off ;
- A requalificação de 5.000 jovens licenciados em áreas de baixa empregabilidade;
- Eliminação do pagamento adicional do abono de família dos 2º,3º,4º e 5º escalões.
• O que se mantém:
- A redução em um ponto percentual dos descontos das empresas que no ano passado tinham salários mínimos ou que ganhavam até 475 euros e que este ano fizeram aumentos de pelo menos 25 euros;
- Os apoios à contratação que equivalem à redução e isenção de descontos para as empresas que contratem jovens, desempregados de longa duração e desempregados com mais de 40 anos de idade;
- Os estágios para desempregados não subsidiados;
- Os apoios para as empresas que contratem os estagiários no final do estágio;
- A moratória para desempregados no pagamento da casa;
- O programa INOV.
«Não vai haver retirada de protecção social aos portugueses. Vamos sim voltar ao que estava em vigor antes das medidas extraordinárias» - disse a ministra do Trabalho aos jornalistas no final da reunião de concertação social onde aquelas propostas – pelos vistos já supérfluas - foram apresentadas…
Vergonha já não há nenhuma!!!
E a crise acabou?! Ou será que passámos das «medidas anti-crise» às medidas activas «pró-crise»?!...
quinta-feira, 27 de maio de 2010
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Simplesmente miserável!
ResponderExcluira) Porto Salvo