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26 DE DEZEMBRO DE 1976 - FUNDAÇÃO DO PCTP
Passa hoje mais um aniversário da fundação do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses.
A 26 de Dezembro de 1976, culminando seis anos de luta com esse objectivo prosseguidos pelo MRPP, surgia em Portugal um partido com uma linha política verdadeiramente revolucionária, assente na aplicação da teoria e doutrina marxistas à situação portuguesa.
Linha política pela qual deram a vida os camaradas Ribeiro Santos e Aexandrino de Sousa.
O PCTP assume-se como uma vanguarda da classe operária e dos trabalhadores na luta pela sua emancipação do jugo capitalista e pelo socialismo e o comunismo, demarcando-se de forma firme das teorias revisionistas que, através do PCP, pretendiam e pretendem cavalgar o movimento operário para o atrelar a novas formas de exploração capitalista, seja sob a capa da aliança povo-MFA, da democracia avançada ou das mais recentes colaborações para ajudar o Governo Sócrates e o capitalismo a salvar-se da sua própria crise.
Combatendo sem tréguas o oportunismo que tenta reduzir os objectivos do movimento operário à mera defesa das suas conquistas sociais, ou conter a luta revolucionária nos estreitos limites do parlamentarismo burguês, onde se passou a destacar a actuação oportunista mais descarada do Bloco de Esquerda, o PCTP, tal como sempre o fez, continua hoje a defender que à classe operária e aos trabalhadores não lhes resta outro caminho – para não serem esmagados pelas medidas capitalistas para a crise – senão imporem um objectivo político unificador imediato na sua luta sindical e a todas as formas de luta que para o efeito adoptarem.
Um objectivo político que só pode ser o do derrubamento do Governo de Sócrates e da política do Bloco central e a sua substituição por um Governo de unidade de esquerda, integrado por todas as correntes políticas e partidos políticos de esquerda, incluindo obviamente o PCTP.
O movimento operário português, em comunhão com todos os trabalhadores europeus agora sujeitos a uma política idêntica, tem de saber unir-se contra a capitulação das centrais sindicais que, logo após uma semi-fracassada greve geral (facto que não quiseram reconhecer e tirar as respectivas lições), aceitam dialogar com um Governo que se assume cada vez mais feroz e provocador na sua sanha terrorista contra os trabalhadores e os pobres.
Para quê levar os operários a discutir com um governo destes o salário mínimo nacional ou as alterações às leis laborais?
Trazer para este terreno um movimento que deveria estar a radicalizar-se na realização de novas greves gerais, precisamente pelo derrube do Governo, é o que mais convém à classe dos capitalistas e dos seus ideólogos que se multiplicam – renovando-se com o lançamento dos da área da esquerda (Mateus e Vilaverdes Cabrais) – em soluções para impedir a explosão do movimento operário na direcção certa.
Mais do que nunca, a situação política actual exige a firme e correcta aplicação do marxismo à revolução portuguesa e uma luta sem tréguas contra o oportunismo e o revisionismo, bem como de um partido solidamente organizado, afastando da direcção do movimento operário todos os que se preparam para atraiçoar os trabalhadores num momento decisivo para o seu futuro.
Viva o Partido!
Viva o Marxismo!
Para a classe operária viver, o capitalismo tem de morrer!
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