quinta-feira, 30 de setembro de 2010

NOTA À IMPRENSA

O PCTP, AS MEDIDAS CELERADAS ANUNCIADAS PELO GOVERNO
E A RESPOSTA DOS TRABALHADORES


Acossado pelos seus patrões imperialistas europeus e pelo grande capital financeiro, encabeçado pela Alemanha, a que eufemísticamente passou a designar por mercados, Sócrates anunciou hoje um novo conjunto de medidas celeradas que se propõe, umas, aplicar imediatamente e, outras, instituir sem prazo, como são as do roubo de 5% do salário dos trabalhadores da função pública e o congelamento das pensões.

Estas medidas representam uma inaceitável provocação aos que (sobre)vivem exclusivamente da venda da sua força de trabalho bem como aos desempregados, milhares deles sem subsídio de desemprego, e pensionistas, todos já a sofrer com os PEC.

Sempre sob o demagógico, chantagista e já pestilento pretexto de que os enormes e brutais sacrifícios impostos aos operários e trabalhadores são inevitáveis em nome do interesse nacional, do país e dos compromissos assumidos por Portugal em matéria de défice orçamental, o Governo do PS de Sócrates, com a generosa compreensão de todos os restantes partidos da chamada oposição, pretende sistematicamente escamotear que o interesse nacional de que fala é exclusivamente a preservação da zona euro e dos interesses do grande capital monopolista europeu sob a hegemonia da Alemanha e que o país que invoca é o país dos capitalistas seus lacaios e que os compromissos em matéria de défice são da única responsabilidade da política de definhamento económico do Governo – nada, portanto, tem a ver com os interesses dos explorados nem com o país dos oprimidos.

Mais uma vez, nenhuma das execráveis propostas de redução da despesa pública ou do aumento da receita fiscal belisca as posições dos grandes capitalistas e da Banca – daí que facilmente obtenham o apoio consensual de todos os economistas burgueses, cada vez mais apavorados com a erupção da latente e crescente revolta dos trabalhadores.

Como também nenhuma dessas propostas se traduzirá noutra consequência que não seja a de aumentar ainda mais o desemprego, a redução do já débil poder de compra e um inevitável alastramento da fome e da miséria.

Desde o BE ao PSD, todos os partidos se declararam apostados em evitar uma crise política – isto é, nenhum deles está interessado em derrubar este Governo e impor uma política que, no entender do PCTP, passa entre outras medidas, pelo repúdio da dívida pública, uma dívida que não foi o povo que a contraiu, nem foi o povo que dela beneficiou.

Para o PCTP/MRPP chegou o momento de a classe operária, os trabalhadores, os jovens e os desempregados rejeitarem a via do oportunismo e da capitulação expressa em manifestações fracassadas e imporem às organizações sindicais a convocação, preparação rigorosa e realização de uma GREVE GERAL NACIONAL pelo derrube do governo e da política de bloco central.

Lisboa, 29 de Setembro de 2010

O Gabinete de Imprensa do

PCTP/MRPP

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

COMUNICADO DA LINHA SINDICAL LUTA-UNIDADE-VITÓRIA

Aqui divulgamos o último comunicado emitido pela linha sindical Luta-Unidade-Vitória chegado até nós.

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QUE RUMO TOMA O PAÍS E
O MOVIMENTO SINDICAL PORTUGUÊS?


Desde há largos meses que o PS e o seu Governo, apoiados pelo Presidente da República e pelos partidos da “oposição” parlamentar, sobretudo o PSD e o CDS, estão a levar cabo um verdadeiro “golpe de Estado” contra as classes trabalhadoras, impondo a substituição das promessas do programa eleitoral do PS pelo chamado “Programa de Estabilidade e Crescimento” - o PEC -, programa que vai já na sua segunda versão anti-operária e anti-popular.

Esta política retira ou diminui drasticamente os já fracos apoios às principais vítimas da crise económica, designadamente aos desempregados; congela, por um período que pode ir até três anos, os salários, as pensões de reforma e as prestações sociais, incluindo as de mais baixo montante; aumenta brutalmente os impostos sobre a população trabalhadora; elimina os incentivos à actividade económica, de fomento do emprego e de realização de investimentos estratégicos (como O TGV, por exemplo), e decide vender empresas públicas ou em que o Estado tem uma participação estratégica, como a TAP, a EDP, a GALP e a CP, entre outras.

A austeridade assim imposta aos trabalhadores portugueses continua a ser o reverso da medalha do intensificar da exploração, a qual continua a proporcionar fabulosos lucros aos capitalistas, à banca e aos especuladores nacionais e internacionais. Tal austeridade serve para salvar o euro e a hegemonia do capitalismo alemão no seio da UE, mas não serve para diminuir o nosso défice comercial – quando, este sim, é o verdadeiro motor da nossa enorme dívida externa…

Perante tudo isto, e num momento em que o Governo não põe de parte vir a adoptar novas medidas de austeridade ainda este ano ou, no mínimo, vir a agravá-las em 2011, continuam a existir dirigentes sindicais que se recusam a encetar o caminho da greve geral nacional contra uma tal política, persistindo em greves parciais, pequenas paralisações de trabalho, manifestações e concentrações. A «Jornada de Luta Europeia» do próximo dia 29, a que a CGTP aderiu, confirma mais uma vez este caminho sem futuro. Os sacrifícios já impostos aos trabalhadores pelo Governo Sócrates nada resolveram em prol do povo e do país. Mas se novos sacrifícios estão na forja, então é imperioso preparar formas de luta mais avançadas. Mas não é isso que se verifica. O que se verifica é a persistência em formas de luta perfeitamente ultrapassadas pela realidade da luta de classes.

Bem se pode dizer que se o país caminha para o abismo, também o movimento sindical português caminha, a par dele, para a mais completa irrelevância, pois fingindo resistir ao Governo do Engº. Sócrates e “desgastá-lo”, é ele próprio que se desgasta, conduzindo a luta dos trabalhadores a um beco sem saída e à desmobilização.
Tal sucede porque a direcção do movimento sindical no nosso país aposta na política oportunista do apoliticismo mais nauseabundo. Tal gente acha que não nos compete fazer política; considera que não existe para impor alternativas e muito menos para derrubar governos - mesmo que estes, como o actual, ataquem por todos os lados os operários e o conjunto do povo trabalhador português…

O movimento sindical tem que afirmar bem alto que o povo português não deve nada a ninguém, tem que repudiar a dívida e tem que dizer não à política de austeridade. Tal deve ser feito através da forma de luta que se impõe: a da Greve Geral Nacional. Só esta pode efectivamente unir o conjunto dos trabalhadores portugueses neste momento. Só esta pode afirmar, alto e bom som, que para os trabalhadores poderem viver o capitalismo tem que morrer!

Este é o desafio que está colocado nas mãos dos trabalhadores portugueses! É forçoso declarar guerra à guerra que nos foi declarada pelo capital!

Devemos propor e, se necessário, impor às centrais sindicais a preparação e realização de uma GREVE GERAL NACIONAL contra a política reaccionária do Governo e dos grandes monopólios; por aumentos salariais condignos, por uma forte diminuição dos leques salariais, pela redução dos horários de trabalho e contra o desemprego; por um plano de crescimento e desenvolvimento do país assente no controlo público dos sectores estratégicos da economia.

EM FRENTE PELA CONVOCAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
DE UMA PODEROSA GREVE GERAL NACIONAL!



26 de Setembro de 2010



A Linha Sindical
LUTA-UNIDADE-VITÓRIA

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sessão política – 18 de Setembro - 40 Anos do MRPP



No sábado passado, no salão de “A Voz do Operário”, realizou-se a anunciada sessão política comemorativa do 40º. aniversário da fundação do MRPP, a qual gritou bem alto que Ousar Lutar, Ousar Vencer é o caminho que o PCTP/MRPP deve seguir.
Os vários oradores, historiando o papel de vanguarda do MRPP, desmascararam os oportunistas que têm traído consecutivamente as lutas dos trabalhadores, recusando o caminho que é necessário e cada vez mais premente trilhar, o caminho da revolução.

Esteve também patente uma Exposição alusiva à vida do MRPP (incluindo o visionamento de slides com imagens de cartazes, comunicados e pinturas murais), mostrando as várias etapas percorridas e as diversas batalhas travadas. 


terça-feira, 14 de setembro de 2010

MRPP 40 Anos - 18 de Setembro 1970 - 2010


Exposição a partir das 20 horas.
 


terça-feira, 7 de setembro de 2010

GARCIA PEREIRA, AMANHÃ, NO RÁDIO CLUBE DE MATOSINHOS

O camarada Garcia Pereira irá ser entrevistado, amanhã, quarta-feira, em directo no Rádio Clube de Matosinhos (91,0 FM), entre as 19 e as 20 horas.

A entrevista será conduzida pelo Prof. Joaquim Jorge, do Clube dos Pensadores.
Poderá ouvir também esta entrevista pelo sítio http://www.rcmatosinhos.com/. Os ouvintes poderão intervir no programa pelos seguintes números:
22 938 1756, 91 684 2604, 96 296 0423 e 93 187 1053.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PATRÃO MODERNO...

Já não há patrões retrógrados e avessos ao progresso. Isso era dantes.
Notem como há dias, em Arouca, o patrão de uma fábrica de calçado despediu 19 trabalhadoras: por SMS, via telemóvel!
Vêem como neste país o futuro é radioso?
É claro que este patrão moderno só ainda não pagou às trabalhadores que despediu metade do subsídio de Natal de 2009, o subsídio de férias de 2010, o salário de Julho e também o de Agosto por não estar ainda disponível o envio de cheques visados por telemóvel...
O governo deve estar satisfeito, mas incapaz de actuar face ao facto deste patrão (que revelou à comunicação social «não ter tido coragem» de enfrentar cara a cara as despedidas) já ter encerrado uma fábrica há quatro anos atrás para depois vir a abrir outra!
É caso para dizer que governo e patrão a mesma cambada são!

(PS - Porque raio é que este patrão moderno tinha os números dos telemóveis de cada uma das 19 trabalhadoras agora despedidas?...)